Um pouco de história
Isto da neonatologia – área da pediatria que se dedica ao estudo e ao cuidado do recém nascido, até aos 28 dias de vida – é surpreendentemente recente. Como consequência, as descobertas a esse nível também o são.
As primeiras referências ao método contacto pele-a-pele surgiram na Colômbia, na década de 70. Motivados pela falta de recursos tecnológicos, nomeadamente as incubadoras, e pela alta taxa de mortalidade infantil decidiram recorrer às mães como incubadoras naturais. Este novo modo de ação teve um impacto tal na saúde das novas famílias que, hoje em dia, na Europa, algumas instituições de saúde já o utilizam como coadjuvante no tratamento do recém-nascido bem como um promotor do aleitamento materno.
Não é fantástico?
Simples e Poderoso
No contacto pele-a-pele, pais e bebés, são assoberbados por um turbilhão de estímulos – tácteis, olfativos, térmicos, sonoros, emocionais – especialmente quando é realizado logo após o nascimento. Nesse momento, estão criadas as condições ideais para que o pequeno, sozinho, dê inicio à primeira mamada. Ponto a favor da amamentação!
Este método ajuda na estabilização da sua temperatura corporal, ritmo cardíaco e respiratório. Por outras palavras, tem um efeito zen. Tão zen, que promove estados de sono, sobretudo o sono profundo. E por ser tão calmante, funciona também como um poderoso analgésico, ainda mais eficaz quando associado à amamentação. Acreditem, dá imenso jeito durante procedimentos dolorosos como, por exemplo, a vacinação ou o teste do pezinho.
Todos ganham a sua parte.
Apesar de estes serem apenas alguns dos benefícios do contacto pele-a-pele e de, na sua maioria, estarem mais amplamente estudados para o recém nascido prematuro ou de baixo peso, as vantagens são difíceis de ignorar.
Porque não experimentar?
O que fui cuscar para este Pedaço!
- Beck D., Ganges, F., Goldman, S., Long, P (2004). Cuidados ao Recém-Nascido, Manual de Consulta. Save the Children Federation
- Diniz, L. M., Figueiredo, B. C. (2014). O sistema imunológico do recém-nascido. Revista Médica de Minas Gerais, 24 (2), 233-240. DOI: 10.5935/2238-3182.20140056